Por Professor Doutor Jorge Haddad
O Dia 14 de Março é o Dia Mundial da Incontinência Urinária e, como Chefe do Setor de Uroginecologia da Disciplina de Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP e primeiro brasileiro a ser Presidente da Sociedade Internacional de Uroginecologia (IUGA) em 2021-22, gostaria de ressaltar que, a incontinência urinária feminina é uma condição muito prevalente e afeta significativamente a qualidade de vida das mulheres.
Neste dia, é essencial trazer à tona a importância da conscientização sobre essa condição, suas causas, fatores de risco, formas de prevenção e tratamentos disponíveis.
A incontinência urinária pode ocorrer em qualquer fase da vida, embora seja mais comum após o parto, na pós menopausa e mesmo em mulheres atletas pelo aumento da pressão no assoalho pélvico. O impacto psicológico e social pode ser profundo, levando à redução da autoestima, isolamento social e até mesmo depressão.
A fisioterapia pélvica é a primeira linha de tratamento, fortalecendo os músculos do assoalho pélvico. Além disso, novas tecnologias como laser vaginal e radiofrequência têm demonstrado benefícios importantes na regeneração dos tecidos como colágeno, fibras elásticas e vascularização vaginal, melhorando o suporte da bexiga e a incontinência urinária.
Nos casos em que os tratamentos conservadores não são suficientes, existem opções cirúrgicas minimamente invasivas, como a colocação de “sling” de uretra média, que apresentam alta taxa de sucesso e recuperação rápida, permitindo que a mulher retome sua rotina em poucos dias.
Assim, a incontinência urinária não deve ser vista como uma consequência inevitável da idade ou da maternidade. Com informação, prevenção e acesso ao tratamento adequado, é possível recuperar a qualidade de vida e bem-estar. No Dia Mundial da Incontinência Urinária, reforçamos a importância do diálogo aberto e do suporte profissional especializado para todas as mulheres que enfrentam essa condição.
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