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Trombofilias e infertilidade. Quando e como avaliar?


Foto do Prof. Dr. André Luiz Malavasi Longo de Oliveira

A palestra na íntegra pode ser conferida neste link.


Palestra "Trombofilias e infertilidade. Quando e como avaliar?", proferida pelo Prof. Dr. André Luiz Malavasi Longo de Oliveira. Este resumo cobre os principais pontos abordados, fornecendo uma visão geral dos temas discutidos no encontro:

A trombofilia é uma predisposição genética à formação de coágulos venosos e, em menor grau, ao tromboembolismo arterial.

A maioria dos exames para trombofilia são desnecessários, gerando ansiedade sem impacto clínico relevante.


Conceito e Impacto da Trombofilia:

  • Trombofilias hereditárias aumentam o risco de eventos tromboembólicos, especialmente em casos com histórico familiar de trombose.

  • O fator V de Leiden é a trombofilia hereditária mais comum, com impacto significativo em eventos trombóticos.


Trombofilias e Gravidez:

  • Trombofilias hereditárias e adquiridas têm impacto no binômio materno-fetal, aumentando os riscos de complicações como aborto, pré-eclâmpsia, descolamento de placenta, entre outros.

  • A heparina, comumente utilizada, não atravessa a barreira placentária, o que limita sua eficácia na prevenção de tromboses fetais.


Investigação de Trombofilia:

  • A investigação de trombofilia deve ser feita em casos específicos, como tromboses não provocadas ou repetidas, principalmente em locais incomuns.

  • Não é recomendada a pesquisa de trombofilia em mulheres com perdas gestacionais recorrentes sem outros fatores de risco conhecidos.


Uso de Anticoagulantes:

  • A profilaxia com anticoagulantes, como a heparina, é indicada em casos de alto risco, mas o uso indiscriminado é desencorajado devido ao risco de sangramento e falta de evidência de benefícios em muitos casos.

  • A eficácia de anticoagulantes orais mais recentes é comparável à da heparina, mas com menos riscos associados.


Conclusões e Recomendações:

As decisões clínicas devem ser baseadas em risco-benefício, com cuidado para não causar mais danos que benefícios ao usar profilaxia anticoagulante. Há necessidade de mais estudos para determinar o grupo de pacientes que realmente se beneficiariam do uso de heparina na gravidez.

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